sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


10 highlights da 1ª Maison&Objet 2013

Feira francesa inicia o ano com bons lançamentos

Três graus negativos em Paris. Nas ruas, uma grossa camada de neve cobre a cidade, o que não é exatamente comum, mesmo no inverno. Mas se o frio toma conta da capital francesa, os pavilhões da Maison & Objet fervilham com lançamentos de marcas da França e do exterior. Grande parte dos expositores mostrou que, a despeito da crise europeia, é possível inovar, ainda que em muitos casos a inovação se restrinja ao aspecto formal – na média, materiais e processos acabam ficando em segundo plano. Mas o balanço geral é mais do que positivo, e nos faz acreditar que 2013 pode ser um ótimo ano para o design! Confira a seguir, 10 dos produtos mais bacanas apresentados nesta edição da feira parisiense.
  (Foto: Winnie Bastian)
1. Cabideiro Matégot
Um bom clássico sobrevive ao tempo: de 1954, o cabideiro criado por Mathieu Matégot é agora reeditado pela Gubi.
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  (Foto: Winnie Bastian)
2. Banqueta Bronco
O minimal ganha um twist nesta peça desenhada por Guillaume DElvigne, apresentada pela jovem marca francesa Superette.
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  (Foto: Winnie Bastian)
3. Castiçal Lup
Essencialidade e formas orgânicas no castiçal Lup, design Shane Schneck para a Hay.
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  (Foto: Winnie Bastian)
4. Bancos de Philippe Boisselier
Combinação duplo “sim”: simples e simpáticos, os banquinhos criados por Philippe Boisselier para a Elpé também podem funcionar como mesas baixas de apoio.
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  (Foto: Winnie Bastian)
5. Candelabro e plafon Excess
Criação de Hervé Van der Straeten para a St. Louis, as peças são produzidas em série limitada.
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  (Foto: Winnie Bastian)
6. Banco Gold of Bengal
A mostra promovida pelo VIA reunia produtos inovadores como o da foto, feito a partir de um tecido especial de juta injetado com resina de poliéster.
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  (Foto: Winnie Bastian)
7. Mesa de jantar Colour Wood Dining
Formas facetadas que se ampliam da base para o tampo compõem o móvel, design Scholten &Baijings para a Karimoku.
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  (Foto: Winnie Bastian)
8. Baccarat
O castiçal apresentado pela Baccarat é releitura de um modelo clássico da marca, que agora ganha linhas menos rebuscadas e tecnologia LED. A peça pode ser usada isoladamente ou em conjunto, como nesta foto.
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  (Foto: Winnie Bastian)
9. Cadeira Drifted
Além das formas harmônicas, a cadeira criada por Lars Beller Fjetland para a Discipline chama atenção pelo assento feito de cortiça.
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  (Foto: Winnie Bastian)
10. Aparador Arborescence
A Christofle decidiu expandir sua atuação dos acessórios para peças de mobiliário, como o aparador da linha Arborescence, design Ora-Ïto.
www.casavogue.globo.com/ Design/noticias/2013-01/10-highlights-da-1-maison-objets-2013

Um escritório para chamar de lar

Casa fica em cima do local de trabalho no Vietnã

studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)
Para fugir da poluição, do trânsito e da barulheira da populosa Ho Chi Minh, a maior cidade no Vietnã, nada melhor que não precisar sair de casa para trabalhar. Isso é possível neste escritório, que abriga também uma residência. Apesar da metragem pequena, 40 m² de área útil, o arranjo estratificado dos cômodos impediu que a ala íntima atrapalhasse o ambiente mais formal.
No térreo, o piso de cimento batido destaca a copa com um balcão em ilha, feito do mesmo material rústico. A pintura branca e as curvas, no entanto, dão leveza à peça. A tubulação aparente rabisca um padrão no teto e completa o ar industrial da área, que permite a presença de um pouco de cor no forro de madeira e nas árvores plantadas nos canteiros. Os troncos florescem apenas no segundo andar, reservado para os negócios, bem próximos à mesa de reuniões.
Por refletir bastante iluminação, os arquitetos do Studio a21 escolheram a madeira para revestir o piso e montar os móveis. O chão ripado permite que a ventilação circule pela casa e a claridade desenhe um jogo de luz e sombra nos outros pavimentos, tornando a planta mais ampla e dinâmica. A estante de nichos define a área de trabalho: com a peça fixa na parede, a mesa comprida pode ser encaixada no vão e deixar os laptops, a cafeteira e a papelada sempre à mão.
A carga horária pode ser pesada para quem trabalha ali, mas vem acompanhada de boas doses de conforto – e design. As ultraclássicas cadeiras Wishbone, de Hans J. Wegner, espalham-se pela área térrea, com assentos crus e estampados. Do mesmo designer, há um exemplar da Peacock, majestosa. A igualmente icônica cadeira de compensado dos Eames marca presença, assim como uma poltrona by Alvar Aalto. E, quando o cansaço bater, basta subir a escada e relaxar no futon do quarto.
studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)
studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)
studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)
studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)
studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)
studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)
studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)

studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)
studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)

studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)
studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki)

studio_a21_vietna (Foto: Hiroyuki Oki) 
 www.casavogue.globo.com/Arquitetura/noticias/2012/06/um-escritorio-para-chamar-de-lar

A infindável parede de ponto-cruz

Painéis costurados à mão decoram restaurante


  (Foto: Henry Salonen)
Quem gosta de fazer crochê ou mesmo quem não entende nada de agulhas e linhas pode se encantar com o restaurante Patria, localizado em Toronto, no Canadá. Projetado pelo escritório local Commute Home, o lugar tem como chamariz as paredes revestidas de tecido todo feito em ponto-cruz. O diferencial da época da vovó, no entanto, contrasta de forma harmônica com os demais elementos decorativos, mais modernos, em meio a uma base neutra, com toques de madeira, preto e beges.
Grande vedete do espaço, a superfície bordada possui nada mais nada menos do que 17 mil pontos distribuídos por 21 painéis, o que a torna praticamente uma instalação de arte. Criada por Laura Carwardine com a ajuda de mais colegas designers, a tela de ponto-cruz fica em uma parede dupla que ocupa primeiramente dois andares do restaurante e se estende para o mezanino no andar de cima, projetada, por sua vez, por Marlo Onilla, da Biography Design. Como o que é bom dá trabalho (especialmente se feito à mão), o processo de instalação dos painéis demorou cerca de 485 horas para ser concluído, ou seja, mais de dois meses.
  (Foto: Henry Salonen)

  (Foto: Henry Salonen)
 
www.casavogue.globo.com/Lazercultura/noticia/2013/01/parede-ponto-de-cruz

Andrée Putman, 1925 - 2013

Morre em Paris a dama da simplicidade democrática

Andrée Putman (Foto: reprodução)
Faleceu em Paris no último sábado a renomada designer de interiores Andrée Putman. Com ela, morrem as diversas personagens que a profissional encarnou ao longo da vida: a militante da democratização do design, a premiada compositora e a jornalista de decoração. Andrée ganhou fama com grandes projetos de design como o do Morgans Hotel, em Nova York, e o interior do avião supersônico Concorde. No mundo da decoração, Andrée Putman foi uma figura quase tão inquestionável quanto Coco Chanel no universo da moda.
Banheiro do Morgans Hotel, em Nova York, como Andrée Putman o concebeu em 1984 (Foto: Deidi Von Schaewen)
Tão interessante quanto o seu trabalho foi a vida de Andrée. Nascida em 1925, a parisiense era de família rica e tradicional. Porém, a veia de rebeldia não demorou a se mostrar. Aos 15 anos, para o grande desgosto dos pais, Andrée esvaziou seu quarto luxuoso e escolheu como mobília apenas uma cama de ferro e uma cadeira; de decoração, um pôster do artista catalão Miró. Nascia o germe da singeleza que guiaria toda sua vida e obra, e que pode ser resumida na seguinte frase da própria designer: “É claro que estilo e dinheiro não têm nada a ver um com o outro. Um bom design é puro e simples”.
Aos 19 anos, Andrée desistiu da carreira de compositora e se tornou mensageira da revista Femina, onde logo trabalharia como jornalista. Em 1958, casou-se com o colecionador, editor e crítico de arte Jacques Putman, época na qual assumiu a direção artística do departamento de acessórios para casa da rede de lojas Prisunic. Lá, difundiu o conceito de design bom e barato para todos.
Boutique-spa Guerlain, em Paris, projeto de 2005 (Foto: divulgação)
Assim, a carreira que tornaria o seu nome uma referência mundial começou apenas aos 53 anos de idade. Quando já estava separada, a francesa abriu sua própria empresa, a Écart. Por meio dessa iniciativa, a designer relançou móveis de criadores das décadas de 1920 e 1930, que estavam esquecidos, como Eileen Gray e Robert Mallet-Stevens.
Mas o reconhecimento veio em cheio em 1984, quando Andrée reformulou o interior do Morgans Hotel, em Nova York. Neste momento, a autora criava o conceito de hotel-boutique. Foi nesse trabalho que a parisiense lançou o tema de tabuleiro de xadrez (quadrados em preto e branco) que se tornaria sua assinatura. Desde então, executou projetos parecidos com nomes como Karl Lagerfeld, Yves Saint Laurent e Guerlain. “Aquela mulher tinha um estilo inteiramente dela na forma de se vestir e de olhar para os lugares”, disse Didier Grumbach, presidente da Federação Francesa de Alta-Costura. “Ela mudou o estilo no século 20 e até redefiniu a elegância à la française”.
Rigor, sofisticação, inventividade e simplicidade marcam o trabalho da designer, além da aversão a modismos, a tudo o que é ditado, e ao gosto tradicional sem originalidade. Em 1997, ela abriu sua própria empresa de design, o Studio Putman, cuja direção foi assumida pela filha Olivia em 2007. “Minha mãe se tornou uma embaixadora de estilo contra sua vontade”, conta Olivia. “Ela fazia o que era certo para ela e jamais se colocaria em tal posição”. O estilo Putman sobrevive ao redor do mundo em projetos com vocações as mais variadas: de lojas, hotéis e residências a escritórios de órgãos público.
Restaurante La Bastide, em Los Angeles, de 2003 (Foto: divulgação)

O interior do avião supersônico Concorde, projeto de Andrée de 1990 (Foto: Deidi Von Schaewen)

Mesa Correspondances, para Bisazza, de 2008 (Foto: divulgação)

Ministério da Cultura da França: interior de Andrée Putman, de 1984 (Foto: Deidi Von Schaewen)

Console Feluca, desenhado para Poltrona Frau em 2007 (Foto: divulgação)

O mesmo Morgans Hotel de Nova York, refeito por Andrée em 2008 (Foto: Nicolas Koenig)

Poltrona e Sofá Sinuosa, para Poltrona Frau, de 2007  (Foto: divulgação)

Hotel Ritz Carton, na Alemanha, decorado por Andrée em 2000 (Foto: divulgação)

Área vip do Stade de France, em Paris, feito em 2008 (Foto: Benoît Folgeirol)

Andrée Putman (Foto: reprodução)

Andrée Putman (Foto: reprodução)

Andrée Putman (Foto: reprodução)
01/andree-putman

Ciel de Paris – Noé Duchaufour-Lawrance



O designer francês Noé Duchaufour-Lawrance, de quem já falamos aqui, adaptou um restaurante no topo do prédio mais alto no centro de Paris. O projeto fica no 56 º andar da Torre Montparnasse, a 210 metros de altura. Chamado Ciel de Paris, o bar e restaurante oferece uma belíssima vista panorâmica da cidade, com destaque para a Torre Eiffel.

Principal elemento do espaço interno, a iluminação chama bastante atenção. Centenas de espelhos circulares – iluminados por trás – cobrem o teto em uma disposição que não apresenta um padrão definido. Conhecido pelo uso de formas orgânicas, Duchaufur-Lawrance imprime com essa configuração uma forte marca de seu estilo.

Bolas desenhadas no chão e móveis com base circular se somam aos espelhos para circunscrever todo o espaço à essa ousada dinâmica. A cor predominante é o âmbar, misturado ao cinza e ao laranja. O que o designer fez foi celebrar a Cidade-Luz, criando um desenho que brilha como ela e borbulha como Champanhe.

No conjunto, Ciel de Paris consegue ser ao mesmo tempo futurista e acolhedor, e talvez esse seja o maior triunfo alcançado pelo designer nesse projeto. Os móveis e ilhas desenhados pelo próprio Duchaufour-Lawrance podem até lembrar algum filme de ficção científica, mas as clássicas toalhas brancas sobre as mesas não deixam dúvida: trata-se de um restô elegante, que por obra de seu autor tem uma estética particular e sutil.

Usando cores e materiais leves, acompanhados por formas orgânicas e texturas suaves, o projeto cria um sentimento de suspensão que é complementar à altura em que se encontra o restaurante. O visual alcançado é póetico, e revela toda sensibilidade e talento deste jovem designer francês que vive o auge de sua carreira.
 
 www.arkpad.com.br/ciel-de-paris-noe-duchaufor-lawrence

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013


Optical Glass House

Cercado dos mais altos edifícios do centro de Hiroshima, no Japão, emerge uma pequena casa de vidro. É a Optical Glass House , projeto do arquiteto Hiroshi Nakamura.
Para obter o maior nível de privacidade, Nakamura  desenvolveu um jardim imponente que permite total tranquilidade ao ambiente exterior do projeto, usando o formato da plantação para filtrar parte da luz natural à medida que os tons do Sol mudam. 
A fachada contempla mais de 6 mil blocos de puro vidro, criando um efeito de cenário clean, em contraste com materiais crus que elevam a dificuldade do processo de confecção, elementos que permitem um frescor ideal para a ambientação da residência, além de certa porção de ilusão de ótica.
Tudo isso ladeado por uma fonte de aço suspenso em contato com um recorte de 50mm de aço, o que confere à técnica um resultado semi invisível, formando uma interessante composição visual.

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www.radardesign.com.br/optical-glass-house/