quinta-feira, 18 de julho de 2013


Casa renova tradições do morar brasileiro

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  (Foto: Denilson Machado)
“Quando vi o terreno, com um levíssimo declive, ladeado por casas, imaginei um grande painel semipermeável, para assegurar a privacidade tanto dos moradores quanto dos vizinhos”, conta o arquiteto Guilherme Torres. Assim surgia o desenho desta morada enigmática no Paraná, que abriga uma jovem família formada por um casal e seus dois filhos pequenos.
Embora por fora a casa pareça uma caixa vedada, feita de concreto e tijolos, no interior percebe-se a maravilha que é o muxarabi. Trata-se de um elemento clássico da arquitetura oriental, que chegou ao Brasil através dos portugueses. Ele garante que nem o olhar, nem o vento e nem o sol penetrem no lar de modo excessivo. Além disso, provoca um impacto visual muito agradável. Torres, fã do elemento como é, já o havia empregado antes em suas obras – inclusive na sua própria casa.
Monumental, a residência de dois andares se projeta na paisagem como um grande monolito retangular flutuante. A enorme peça de concreto é sustentada por dois grandes blocos de alvenaria, ao melhor estilo da arquitetura modernista brasileira, hoje atualizada por nomes como Marcio Kogan, Isay Weinfeld e agora o próprio Torres. Poucos pilares, enormes vãos livres e muros estratégicos que formam delicados jardins compõem este paraíso privado.
  (Foto: Denilson Machado)
Na decoração jovial, as peças com design nacional estão em destaques. Móveis criados pelo próprio Guilherme Torres, como os sofás e as mesas, convivem com peças de grandes mestres do ramo, como a poltrona Mole e as cadeiras Oscar, de Sérgio Rodrigues e outras peças de Carlos Motta.
A presença do design internacional não interfere na eminente brasilidade do projeto. Nas salas há luminárias pendentes de Tom Dixon, sobre a mesa de jantar, e tapetes iranianos, garimpados pelo arquiteto. No quarto da menina há uma cadeira Eames com pés metálicos.
A personalidade dos integrantes da família foi bem representada nos dormitórios. Enquanto a suíte principal é bastante sóbria, não faltam cores aos quartos das crianças. Torres apostou no uso de nichos coloridos para solucionar a demanda de espaços de armazenamento. Enquanto no quarto dela aparecem mais rosas e roxos, que convivem com a madeira, no dormitório do filho há muitos tons de azul no mobiliário e paredes brancas.
Por fim, cabe falar do sutil e belo projeto paisagístico de Alex Hanazaki, que concedeu à casa um ar quase etéreo, devido ao movimento das plumas dos Capins do Texas – planta alta e cheia de personalidade empregada por Burle Marx em muitos de seus jardins. Há também uma horta de ervas próxima à cozinha.
 
 
 

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)


  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)

  (Foto: Denilson Machado)
 www.casavogue.globo/Interiores/noticias-2013/07/casa-bt-guilherme-torres-tradicores-de-morar-brasileiro
 
 
 

 


Projeto de loja com foco na experiência do consumidor

A marca australiana Crumpler & Prahran vende basicamente mochilas, cases para equipamentos eletrônicos e acessórios de viagem. Porém, sua nova loja em Melbourne vende muito mais do que isso. O projeto dos arquitetos Ryan Russell e Byron George (do escritório Russell & George) mistura o real e o virtual, criando uma experiência dinâmica entre online e offline para envolver os consumidores em uma atmosfera de tecnologia, viagem e exploração.
Desenhado como uma grande gaiola de luz, o espaço foi baseado em uma abstração sobre como seria entrar em um pixel de luz da tela de um computador. A estrutura modular que contém o grid de luz é suspensa e acompanha todas as paredes da loja. Essas luzes não são fluorescentes e nem tampouco foram especificadas, pois esse novo composto entre neon e LED foi criado pela equipe de design e fabricado pelo contratante especificamente para esse projeto. Segundo os autores, isso foi feito para reduzir o consumo de energia.
Na maioria dos layouts comerciais uma das intenções é chamar a atenção de quem está na rua. Com esse inovador grid de luz, a loja não só gera uma impressão positiva para o entorno e para quem passa na rua, como ela se caracteriza quase como uma instalação de arte, a qual não basta ver de longe, é preciso entrar para ter a experiência. Além de tudo isso, o sistema serve ainda para iluminar e emoldurar os produtos.
Além das gaiolas de luz, há três grandes telas onde paisagens reais e ficcionais são projetadas, interagindo umas com as outras, em 2D e 3D. O convite é para que os consumidores usem óculos 3D e tenham uma experiência de imersão na loja, em meio aos produtos. Os móveis do mostruário tem faces espelhadas para prolongar essa sensação espacial de realidade aumentada. Segundo os autores, “a loja é tanto sobre educação e diversão como sobre vender produtos. Ela busca amarrar o mundo virtual ao mundo real, criando uma experiência que um consumidor não pode ter em casa ou online”.
 www.talk.arkpad.com.br/projeto-de-design-com-foco-na-experiencia-do- consumidor-