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domingo, 22 de julho de 2012
Há 10 anos, Starck criava a Louis Ghost
Nem parece, mas lá se vão 10 anos do momento em que Philippe Starck
extraiu o que havia de mais puro na essência de um clássico do
mobiliário ocidental - a barroca poltrona Luís XV - para criar um
fenômeno de crítica e público. Do alto da sua glória transparente, a
cadeira Louis Ghost chega à sua primeira década de vida tendo atingido a
marca de mais de 1,5 milhão de unidades comercializadas em todo o
mundo.
É a cadeira assinada mais vendida no planeta segundo a Kartell, a
fabricante italiana que ajudou Starck a dar forma a esse elo de plástico
entre o antigo e o novo. Foi ela, na verdade, a peça responsável por
dar à marca sua reputação de casa dos móveis de plástico transparentes,
material que até hoje compõe parte significante do mobiliário feito pela
Kartell.
De acordo com o seu criador, “o sucesso universal da cadeira Louis
Ghost não deriva de seu design, mas da memória comum”, da combinação de
formas e estilos que povoam o “inconsciente coletivo”: os braços longos,
o medalhão nas costas e o corpo robusto equilibram o desenho que
deslumbra e cativa muita gente.
A transparência do policarbonato estimula a experiência tátil ao mesmo
tempo em que ironiza o visual frágil e evanescente da peça. As cadeiras,
na verdade, são resistentes, podem ser empilhadas em colunas com até
seis peças sem danos. E são versáteis: ocupam desde os interiores das
casas mais diversas até a Ópera de Praga. Goste-se ou não, é um inegável
ícone do design contemporâneo (que no Brasil pode ser encontrado em
lugares como a própria Kartell ou a Novo Ambiente).
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