Por que construímos monumentos?
China ganha anel gigante de US$ 16 milhões
Além de monumento, existe sim um propósito no anel gigante: ele funcionará como mirante da cidade. Mesmo assim, a obra levanta o inquérito sobre os mega monumentos que surgem nas últimas décadas. Os problemas que muitos apontam neste tipo de edifício são a sua falta de relação com o entorno; sua falta de função; e, principalmente, o seu pequeno valor social. Este último ponto é o mais delicado. Como definir o valor social de uma obra arquitetônica? Qual é o medidor que releva o impacto de um monumento na história ou nos indivíduos?
O respeitado e premiado arquiteto italiano Aldo Rossi defendia a necessidade dos monumentos sem função, por serem marcos visuais capazes de distinguir um lugar de todos os outros.
No âmbito financeiro, cabem algumas comparações, que mostram que o Anel da Vida talvez não seja tão absurdo quanto se diz. O arco de St. Louis, chamado Gateway Arch, por exemplo, teve um custo de 13 milhões de dólares na década de 1960, o que equivale a 96 milhões de dólares nos dias de hoje. Pouco mais de 30 m mais alto que o chinês, o arco foi desenhado pelo mestre Eero Saarinen. Outra obra cara foi o pavilhão da Expo 2012 em Xangai, que consumiu 220 milhões de dólares no total. Pelo seu caráter temporário, seria possível argumentar que a construção é também pouco funcional. Com esses dados em mente, o grande anel em Fushun até parece uma pechincha.
www.casavogue.globo.com.br/Arquitetura/noticias/2012/12/anel-gigante-china
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