O caos organizado de Italo Rota em Milão
Para o arquiteto, o que vale é contemplar o belo
Rota nasceu na mesma cidade, em 1953, e tornou-se mundialmente famoso no final da década de 1980, quando venceu o concurso para a renovação dos interiores do Musée d'Orsay, em Paris. Ao mudar-se para a cidade, assinou ainda novas salas no Museu do Louvre, a iluminação da Catedral de Notre Dame e a reestruturação do centro de Nantes. Nos últimos anos, seu escritório tem se destacado por projetar hotéis de alto luxo ao redor do mundo.
Em sua casa, onde o tempo parece ter se cansado de passar, quase tudo é transparente. Grandes portas e janelões de vidro permitem a entrada da luz natural e reforçam o clima de calma e aconchego. A morada foi projetada em função de um jardim de inspiração inglesa; as 140 espécies de plantas foram coletadas por toda a Milão e demoraram três anos para atingir o estágio atual de equilíbrio. O resultado, segundo eles, é o de uma pequena “floresta controlada” que cresce de maneira endêmica, envolvendo o terreno e devassando o interior da residência.
Ligeiramente rebaixada e protegida por um muro, a casa permanece isolada do restante da rua e é um motivo de orgulho para o casal. Ao contrário dos edifícios modernos e transparentes, a abertura, apesar de total, se dá para o grande pátio interno. Tudo parece ser parte de uma coleção que está em constante evolução. A dupla, tudo indica, alcançou aquele estágio na vida onde a contemplação do belo é mais importante do que qualquer outra coisa.
www.casavogue.globo.com/Interiores/noticias/2013/02-casa-italo-rota-milano
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