Arquitetando: Bernardo Figueiredo

Um dos poucos profissionais de sua geração que pode se orgulhar de ser reconhecido tanto como designer quanto como arquiteto, o carioca Bernardo Figueiredo começou a desenhar móveis quando ainda era estudante na Faculdade Nacional de Arquitetura (atual Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ). Chegou a colaborar com Sergio Rodrigues, no início de sua carreira, em projetos arquitetônicos, mas não tardou até criar sua própria linha de móveis residenciais. Sob influência de Joaquim Tenreiro, desenvolveu em menos de seis anos cerca de 80 peças.
Durante décadas, Bernardo circulou pelo universo do design, mas nos últimos anos atuou mais fortemente como arquiteto, à frente de seu escritório Arquitetura Espacial, no Rio de Janeiro. Até que, no início de 2011, a Schuster e a Dpot, dentro de um projeto que tem buscado promover o design nacional, decidiram relançar os móveis mais emblemáticos de sua obra.
São peças que exploram o melhor de materiais genuinamente brasileiros, como a madeira e a palha. Peças que representam o design nacional, como os bancos Rodeo e Toti, as cadeiras Bahia, e Viky, as poltronas Ipanema e Rio, e os sofás Brasileiro, Conversadeira e Deck. “Procuramos Bernardo Figueiredo para ser o curador da linha de móveis a ser lançada em 2011. Mas quando soubemos que sua obra estava fora de produção, não tivemos dúvida. Decidimos relançar alguns dos móveis desenhados por este profissional que faz parte da história do design nacional”, revela Mila Rodrigues, diretora de criação da Schuster.