Gêmeos, arquitetos e inseparáveis
Em NY, um apartamento irreverente para dois
Na decoração, nada é caro, até porque nada é permanente. Os gêmeos são fãs da reinvenção. O processo de redecorar, segundo Terman, é: “Normalmente um propõe uma ideia provocativa, e o outro diz ‘essa é uma ideia estúpida’”. O bom humor dos irmãos está refletido no décor do apartamento. Em todo o canto, há fotografias, estampas e peças coloridas. O cômodo cuja decoração rendeu menos discussão foi a cozinha, afinal ela não é usada. “Na melhor das hipóteses, a cozinha pode ser considerada uma galeria de arte”, diz Teran, apontando para o bule de chá desenhado por Michael Graves e para o quadro de Andrew Pearson.
Os dormitórios são os únicos territórios verdadeiramente individuais. Um Evans não entra no quadrado do outro. E é justamente nestes ambientes que as diferenças entre os gêmeos se fazem notar. O quarto de Terman é tão exuberante como ele – que facilmente usaria uma camiseta rosa com uma jaqueta verde e um relógio laranja. Lá, o papel de parede chevron quase chama tanto a atenção quanto a colcha estampada de amarelo e branco e as almofadas laranja fluorescente. “Gosto de todas as cores da caixa de giz de cera”, brinca. Já Teran prefere uma paleta de tons mais neutra.
O quarto do irmão mais discreto – que nas vestimentas se mantém entre brancos, pretos e cinzas (salvo os ocasionais azuis) – tem paredes brancas, cortinas cru, um aparador de madeira negra e a cama, de estrutura escura. Os elementos mais audaciosos são a roupa de cama estampada e a coleção de porcelana portuguesa – azul e branca. É quase como se, no quesito cores, os irmãos se complementassem. Por isso mesmo, a casa deles e seus projetos, feitos em conjunto, são tão interessantes. No caso dos irmãos Evans, verdadeiramente “a união faz a força”.
www.casavogue.globo.com.br/interiores/ 2013/04/gemeos-arquitetos-e-inseparaveis
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