quarta-feira, 22 de junho de 2011

Mostra Black em São Paulo

Oi pessoal estive viajando e quando cheguei me envolvi com a minha exposição (depois mostro fotos ). Mas hoje trago para vocês a primeira Mostra Black Hyundai 2011 em São Paulo.São 14 profissionais de primeira . São eles Ana MariaVieira, Roberto Migotto, Jorge Elias ,Sig Bergamin , Dado Castelo Branco , Fernanda Marques ,David Bastos , Bruno Requena ,João Armentano, Murilo Lomas, Marcelo Faissal.Olhem ai.....






 

 

 



Um casarão no Jardim Europa – construído na década de 40 pelo arquiteto Jacques Pilon – abriga a partir de quarta feira, dia 22 de junho, a exclusivíssima Mostra Black. Com total liberdade de expressão, muito luxo e requinte na execução, um grupo seleto de 14 arquitetos, paisagistas e designers de interiores, revela sonhos estéticos por meio da interpretação do conceito “Black”.
O paisagista Alex Hanazaki criou o jardim que abrigará grandes eventos realizados no período da mostra. Destaque para o gazebo revestido de ferro e o jardim vertical no muro de 7 metros de altura, que une vegetação e recursos tecnológicos para projeção de imagens. Alex usou pedras vulcânicas Hitam e Hijau, importadas da Indonésia pela Palimanan, para revestir a piscina e um grande espelho d’água.
Ana Maria Vieira Santos criou uma sala “onde você pode ouvir uma boa música, ler um bom livro, desfrutar de suas peças de estimação, mantendo contato com a natureza, podendo curtir uma aconchegante lareira, porém dispensando o uso da TV”. Segundo a arquiteta “meu ambiente remete à mulher atual, ao luxo, à luminosidade, à proporção, à paz que se respira e ao frescor. Sensivelmente gosto de VIVER COM ARTE!”
Dado Castello Branco criou o espaço “Apartamento em Paris”. O ambiente tem espaço gourmet, home theather, dormitório e banho, todos integrados como nos lofts parisienses, uma bicicleta e vasos com hortaliças reforçam o lifestyle contemporâneo. O clima francês também é aparente no requinte da cozinha, com armários Ornare e equipamentos Viking. Todos os ambientes são em tons de cinza e as paredes revestidas com tecidos de algodão, lançamento da JRJ.
O arquiteto David Bastos é responsável pela Champanheria, um ambiente de 80m² que conecta o interior da casa ao jardim. “A ideia foi projetar um espaço usual, aconchegante e inusitado”. David teve um cuidado especial com os materiais: madeira, mármore e veludo preto nas cortinas, além do carpete escolhido, mostram sua concepção do “receber bem”. Uma banheira cheia de gelo servia de “cooler” para o champagne, no espaço que também teve a cabine de DJ durante o coquetel para imprensa e convidados.
Para a arquiteta Fernanda Marques, o termo Black está ligado ao atemporal, àquilo que atravessa décadas sendo atual. Em seu Lounge Garagem, logo na entrada da mostra, a arquiteta buscou abordar o masculino por meio de materiais contemporâneos, design e arte. O espaço multiuso reflete “como seria o lugar imaginado por um homem que resolveu fazer de sua garagem o seu reduto”. Destaque para a adega, equipada com iluminação colorida.
O arquiteto Guto Requena criou o ambiente interativo “O que faz de uma casa um lar?”, buscando instigar os visitantes a refletir sobre os significados e subjetividades associados à casa. O convite está aberto para responder a pergunta através de sms, twitter ou pela interface “touch”. O ambiente abriga um volume vermelho, com perfil em “A”, contendo pedaços da história do imóvel e da família. Suas aberturas direcionam o olhar do visitante para partes interessantes da arquitetura da casa. No segundo andar é possível visualizar as respostas dos visitantes.
João Armentano criou o ambiente do sótão, buscando tornar o espaço minimalista e moderno. Segundo o arquiteto, “Black é espaço, luxo, e ser simples é um grande luxo!”. Ainda segundo o autor, o destaque do ambiente é a luz, a atmosfera aconchegante, calma, sofiticada e chique. “Um ambiente amplo, leve, delicado e simples onde o sofisticado são as coleções de obras de arte, de ótimas peças de decoração, de estilos e texturas”.
O arquiteto Jorge Elias criou uma biblioteca que mistura clássico e moderno. “Fiz pensando em coisas que realmente eu gosto e da maneira que eu gosto, moderno na escoha dos móveis e das peças de arte, aliás, esse é o forte do ambiente, que vai desde o séc. 18 até o 21, passando por vários movimentos, por exemplo os anos 40 francês e o Art Déco. Entre as obras de arte, fotografias de J.R. Duran, Steven Meisel , Bruce Weber , Ilario Magali , gravuras de Leger e Picasso, desenhos de Chagall e Botero”.
O paisagista Luiz Carlos Orsini criou o “Terraço das Embaúbas”, a instalação de 300 Embaúbas verdes e prateadas formando um bosque, na proporção exata encontrada na Mata Atlântica, presta homenagem ao Ano Internacional das Florestas. Um deck de madeira Cumaru conduz com acessibilidade à dois espaços paralelos e com alturas diferentes. A iluminação cenográfica executada pela Dominici traz efeitos inusitados, criando uma magia muito especial. Nos pergolados encontram-se 6 esculturas em aço corten de Amilcar de Castro.
O arquiteto e paisagista Marcelo Faisal criou o ambiente “Black Garden”, no jardim em frente à casa. Faisal usou carvão ecológico como forração, espécies ornamentais das mais exóticas, deck, pergolado e vasos, visando criar um ambiente cenográfico. Esculturas de vidro soprado, que na luz do dia são de rara beleza, são iluminadas à noite e tornam-se ainda mais belas.
A “Sala de Estar Black”, de Murilo Lomas, tem a proposta de ser um ambiente multiuso e atemporal. A inspiração para a criação do projeto, foi baseada no personagem de um jovem francês, bem nascido e descolado. “Murilo Lomas faz em sua decoração um mix entre moderno, atual e passado, o que remete ao bom e antigo, como nas décadas de 40 até 60, por exemplo, uma verdadeira mescla”.
Além de uma instalação conceitual de video mapping, Renata Seripieri projetou o “lavabo com acessibilidade, que segue o estilo clássico francês e combina funcionalidade com sofisticação. As barras de apoio, tradicionalmente confeccionadas em aço, foram substituídas por elegantes peças de bronze. As torneiras e saboneteira têm sensor, para facilitar o manuseio. O luxo e a sofisticação não impediram que o ambiente fosse projetado seguindo todas as determinações técnicas exigidas para o uso de portadores de deficiência física, como altura das barras e do vaso sanitário, além da largura da porta”.
O arquiteto Roberto Miogotto criou o ambiente “The Red Room”, cenário dramático, luxuoso e atemporal, o lounge todo em tons de vermelho é destinado a pessoas de gosto ousado. A cor vermelha não foi escolhida por acaso, ela é fascinante, intensa e viva, significa força, virilidade e dinamismo. As peças usadas neste ambiente foram selecionadas, pelo seu design, sua matéria-prima nobre e pela sua qualidade total, critérios essenciais para classificar os materiais de luxo. Em um ambiente predominantemente contemporâneo, usou-se um mix de peças, objetos e obras de arte com o compromisso de não ser datado.
O arquiteto Sig Bergamin criou o living, usando como inspiração o próprio ambiente – que é a sala principal da casa. Sem modificá-lo, porém reproduzindo as “boiseries” acima dos espelhos colocados nos nichos, transformou-o em um aconchegante ambiente de inverno, sensação transmitida pelos tons escuros e a mescla do moderno com o clássico. O Living de Sig Bergamin transparece o espírito de quem o usaria: um homem sofisticado, urbano, que viveria em Paris, São Paulo ou Nova Iorque, intelectual e colecionador de arte, ou seja, um “bon vivant” intimista.
Fotos (acima): Inés Antich
Idealizada pela arquiteta Raquel Silveira, em parceria com Cesar Bekerman, Priscila Lima de Charbonnières e Louis de Charbonnières, a mostra é a primeira expressão da marca Black, que surge para mostrar ao mercado brasileiro um novo conceito de design de interiores. A marca pretende lançar vários produtos com a etiqueta Black: palestras, eventos, produtos de excelência e diversas outras iniciativas. O casarão escolhido para a mostra é um projeto do arquiteto francês Jacques Pilon, que teve uma importante atuação no cenário brasileiro, especialmente em São Paulo, entre os anos 1930 e 1960. Ao lado dos arquitetos Gregori Warchavchik e Rino Levi, Pilon contribuiu para a formação da arquitetura modernista brasileira, sendo responsável por edifícios relevantes em São Paulo como o Edifício Paulicéia, na avenida Paulista, e a Biblioteca Municipal Mario de Andrade.


Serviço:
De 22 de junho a 17 de julho de 2011
Rua Groenlândia, 448 – Jardins – São Paulo – SP.
Estacionamento no Hotel Unique, na Av. Brigadeiro Luis Antonio, 4700. Traslado gratuito de ida-e-volta dos visitantes do Unique até a Mostra Black.
Tel.: 11 2609.2522
Funcionamento: Terça a sábado e feriados, das 12h às 20h30; domingo, 11h às 19h30
Ingresso: R$ 100,00
Crianças até 10 anos não pagam. Estudantes e idosos pagam meia entrada.

Fonte: http://www.arkpad.com.br/ Por Bruno Etchepare

Um comentário: