quarta-feira, 29 de maio de 2013


A sala de estar de pé-direito triplo

A sala de estar de pé-direito triploNeste lar paulistano o céu é quase o limite

  (Foto: Guto Esteves)
Acolhedor e despojado, o projeto desta elegante cobertura, feito por Ana Paula Araújo, explora os espaços generosos, os pés-direitos duplo e triplo e, sobretudo, a vista do skyline de São Paulo. O living com pé-direito triplo tem algumas de suas paredes envidraçadas. A insolação ali é controlada por persianas Riccoflex e cortinas de linho La Belle Bergère. Destacam-se na decoração dos quatro ambientes do estar alguns itens: as almofadas da Missoni Home, o vaso da L’oeil, a escultura de bambu da Svetlana, os tapetes By Kamy e a iluminação Labluz.
A inspiração do projeto foi conceber ambientes com clima de férias em casa, onde se pudesse curtir hobbies e receber familiares e amigos em um espaço acolhedor e confortável. Em estilo moderno contemporâneo, parte do mobiliário leva a assinatura da arquiteta, que usou materiais como madeira, pedras, fibras e sedas rústicas, além de cores neutras e naturais, entre areia, concreto, azul-marinho, reforçando assim a ideia de que o lugar é para “ser vivido” e bem aproveitado.
Na sala de lareira com adega, os sofás e chaises são da autoria de Ana Paula, executados pela La Belle Bergère. Já na sala de jantar com pé-direito duplo, contornam a grande mesa cadeiras Breton Actual – sobre elas pende o lustre Onlight. No home theater a estante e os sofás foram desenhados pela arquiteta. As fotos ali são de Guto Esteves. No lavabo a bancada é de limestone, da Inovar Arte, e as paredes são revestidas com papel de parede Nani Chinellato.
O espaço gourmet do terraço, com coberturas de ripas de madeira e vidro, tem vista para a área externa com projeto paisagístico de Claudia Muñoz. A piscina é revestida com pedra Greenstone Bali Ásia Pedras.
 www.casavogue.globo.com/Interiores/noticia/2013/05/sala-de-estar-com-pe-direito-triplo


  (Foto: Guto Esteves)

  (Foto: Guto Esteves)

  (Foto: Guto Esteves)

  (Foto: Guto Esteves)

  (Foto: Guto Esteves)

  (Foto: Guto Esteves) 
  (Foto: Guto Esteves)
  (Foto: Guto Esteves)

Tradição chinesa em Melbourne

Restaurante resgata origens de seu chef

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  (Foto: Shannon McGrath)
Ao viajar para Melbourne, na Austrália, muito mais do que apenas conhecer a cultura local, é possível também experimentar alguns sabores de Xangai no restaurante David's. O conceito nasceu do proprietário e chef, o chinês David Zhou, que desejava levar um pouco de sua terra para os frequentadores do local. Para tanto, o estúdio de arquitetura australiano Hecker Guthrie, responsável pelo projeto arquitetônico, optou por quebrar os esteriótipos do design chinês e investir em paredes e piso claros, com mobiliário industrial, dando assim um toque requintado, casual e contemporâneo ao ambiente.

No teto de gesso vigas de madeira estão expostas e nas janelas podem ser vistas garrafas de vidro que revelam uma estrutura repleta de simplicidade e rusticidade. As referências asiáticas ficam a cargo das luminárias do designer francês Arik Levy, que recriam o formato tradicional das lanternas de papel chinesas. Por todo o espaço os móveis, escolhidos aleatoriamente, formam um conjunto harmônico de elementos soltos que, combinados, chegam a um equilíbrio.

“Prateleiras, armários, balcão e adega estão empilhados por todo o local, fazendo uma ponte entre decoração e praticidade”, afirma Hecker Guthrie. Para ele, deixar de lado o tradicional vermelho que caracteriza a decoração chinesa e investir em elementos sutis, como as luminárias, resgata a velha Xangai, alcançando o desejo de seu cliente.

O chef David Zhou acredita que se uma pessoa tem emoção ao falar de algum lugar significa que ela não o esqueceu. E é dessa forma que ele fala de sua terra natal e, agora, do David's. Por isso o menu foi baseado em uma de suas melhores lembranças: os pratos típicos da área rural de Zhouzhuang, em Xangai. Assim a comida caseira revela um tempero característico, em um ambiente cheio de tradição, mas com design contemporâneo.
  (Foto: Shannon McGrath)

  (Foto: Shannon McGrath)

  (Foto: Shannon McGrath)

  (Foto: Shannon McGrath)

  (Foto: Shannon McGrath)

  (Foto: Shannon McGrath)

  (Foto: Shannon McGrath)

  (Foto: Shannon McGrath)

  (Foto: Shannon McGrath)
  www.casavogue.globo.com/LazerCultura/noticias/2013/05/tradiçao-chinesa-em-melbourne

Mostra Black em primeira mão; veja!

Autores comentam o trabalho uns dos outros

Abre nesta quarta-feira (29) a terceira edição da Mostra Black. Mas você não precisa esperar para desfrutar das decorações dos diversos ambientes criados nos andares mais altos do W Torre Plaza, em São Paulo. A Casa Vogue traz nesta matéria fotos exclusivas de diversos ambientes, muitos deles comentados pelos próprios arquitetos e designers que estão participando da mostra. Descubra as últimas tendências da decoração e também o que veem os olhos dos profissionais ao se depararem com um ambiente criado por um colega.
  (Foto: Gabriel Arantes)
André Paolielo
O ambiente de André conversa tanto com a estrutura do prédio, com forte apelo industrial, quanto com o espaço aconchegante de Jayme Bernardo. Para o paisagista, desta vez, o mobiliário é o ponto chave. A vegetação é complemento, mas os itens mais belos da composição são os vasos. Trata-se de um paisagismo mais árido.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Camila Klein
A arquiteta ocupou os corredores do 23º andar com muita criatividade. O principal jogo feito por Camila é dos claros e escuros. Raios de luz riscam as paredes escuras e lustres da Baccarat, para Began, acompanham a decoração. Há poucos elementos, mas não fica uma sensação de vazio. É a luz que preenche o espaço, em lugar dos móveis.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Cândida Tabet
O espaço de Cândida talvez seja o mais minimalista da mostra. O material utilizado no piso sobe também pelas paredes até a meia altura. São grossas toras rústicas de madeira escura. A parte superior das paredes recebeu espelhos como acabamento. O grande ambiente é decorado somente com inúmeras redes de tecido simples e uma estante de livros, desenvolvida pela arquiteta.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Consuelo Jorge
Consuelo projetou uma suíte com closet. Predominam os tons neutros, como o cinza e os marrons. Um destaque é a aplicação de triângulos verdes no teto. “Gosto muito da iluminação escolhida pela Consuelo", comenta Rafael Miliari, do escritório de Guilherme Torres. "O Ingo Maurer é um dos papas ainda vivos do design e aqui há muitas de suas peças. Também deu muito certo a mistura dos móveis, dos tecidos e texturas”.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Christina Hamoui
A tecnologia é parte integrante do projeto de Christina Hamoui. Através de telas touch screen localizam-se categorias e livros específicos nas estantes. “Achei a biblioteca muito bem pensada, feita com materiais sofisticados. Ela me mostrou a automação das luzes da estante – aquilo é interessantíssimo", avalia Fabio Morozini. "O projeto dela está ótimo na mostra, pois é fora do comum. Digo, ela fechou todas as janelas, algo que ninguém mais fez, mas tem tudo a ver com o espaço. Uma biblioteca precisa de paredes e uma pessoa precisa de paz para ler. Acho que ela foi muito feliz”.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Dado Castelo Branco
O arquiteto misturou em seu espaço o mobiliário sofisticado e em tons discreto – exceto por poltronas amarelas que ladeiam a lareira – com peças high-tech. O sistema de som, com suas enormes caixas, é um dos pontos fortes do projeto. Chama a atenção, com uma estética oposta a dos itens antes citados, a grande mesa de trabalho. Sua madeira rústica contrasta com o acabamento moderno da parede atrás dela.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Débora Aguiar
Neste espaço abundam as obras de arte e as grandes poltronas e sofás em tons terrosos. Em ambas as laterais adjacentes à janela foram instaladas grandes estantes. Comenta Fred Benedetti: “Essa estrutura de madeira dá transparência e impõe um ritmo à arquitetura – que é algo que gosto muito. Essas ripas têm leveza, mas ainda se prestam a fazer a separação de ambientes entre a circulação e o espaço da Débora".
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Fabio Morozini
Ousado, Fabio escolheu a cor vermelho para as paredes. Sobre o piso aplicou um carpete bege com relevos. “O espaço do Fabio está incrivelmente chique. Desde a produção arquitetural, que engloba itens como o carpete, o link entre cores e papel de parede, à composição sobre a mesa-bar", elogia Christina Hamoui. "É ‘capotante’. É a parte que enche os olhos. Ele conseguiu fazer de um corredor uma galeria cheia de sofisticação”.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Fernanda Marques
No ambiente de Fernanda Marques predominam as peças com formatos orgânicos e irregulares, sejam obras de arte, mesas de canto ou o próprio balcão de aço inox, desenhado pela arquiteta e materializado pela Mekal. Um detalhe interessante é a escolha de locar grandes quadros contra as fachadas de vidro – sustentados por cabos presos ao teto e ao chão. Olha-se de uma só vez a vista e a arte.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Fernando Piva
O arquiteto criou um apartamento em 65 m². O espaço é composto por sala de estar, cozinha da Kitchens, bar, biblioteca e escritório. Predominam a madeira, as texturas e as cores escuras. O destaque é a estante com iluminação indireta de LED projetada por Piva especialmente para o espaço.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Fred Benedetti e Fernanda Abs
O espaço decorado pelo casal Fred e Fernanda evoca na mente do visitante palavras como: leveza, pureza, alvura e simplicidade. “Eu gostei da faceta arquitetônica do projeto", explica Débora Aguiar. Ele tinha um espaço difícil de ser trabalhado – um corredor – e nele foi criado um túnel. Todo o perímetro do túnel está coberto pelo mesmo material. Lembra uma gruta. Gostei muito da vinda de baixo”.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Guilherme Torres
Ao conhecer o espaço reservado para ele na mostra, Guilherme logo pensou num quarto de hotel. Empregou no piso, no teto e em algumas paredes réguas de bambu. A decoração ali é toda desmontável. “O que eu acho mais interessante é a planta", revela  Consuelo Jorge. "O formato de caracol dá ao espaço um ar intimista. Essa distribuição propicia que a cada virada se tenha uma nova surpresa. A mistura de texturas é brilhante. Está aconchegante e clean ao mesmo tempo. Sou fã de carteirinha dele. Ele é ousado e criativo”.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Jayme Bernardo
Tendo seu espaço incrustado entre as áreas paisagísticas de Gilberto Elkis e André Paolielo, Jayme optou por uma decoração discreta. A premissa era dar destaque ao trabalho dos dois colegas e vizinhos. Além disso, para roubar ainda mais a atenção, há ali a vista panorâmica – eles estão no ponto mais alto do prédio, na cobertura. Assim, foi eleita uma paleta de cores pouco impactante, com direito a mármore Branco Paraná Michelangelo. O aconchego do ambiente é sua principal virtude.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
João Armentano
O espaço destinado à João Armentano tem pé direito duplo. Ele montou ali uma sala de estar e, no outro extremo, um escritório. “A diferença de pés-direitos valoriza o espaço", comentam Adriana Helú e Carolina Oliveira, do Triplex Arquitetura. "A parte alta parece ainda mais alta, pois ao entrar no ambiente o teto é baixo. A escolha dos móveis é sempre impecável, assim como a das obras de arte. Quando entramos nos ambientes do Armentano parece que as obras foram feitas para estarem naquele local”.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Karina Afonso
O forte de Karina é a mistura incomum de peças. Enquanto o sofá cinza de traços elegantes conversa bem com a estatueta de cavalo e com a luminária Baccarat, a peça contrasta intensamente com a dupla de poltronas de acrílico com molas reveladas. Completa o décor desta sala de estar uma grande estante e uma série de quadros com imagens em preto e branco sobre a parede.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Marcelo Brito e Pedro Potaris
Como é de praxe, a decoração criada pela dupla mescla elegantemente peças inesperadas. Neste espaço reina a abundância: de cores, de tecidos, de antiguidades, de acessórios decorativos e de arte. Trata-se de um trabalho compositivo muito rico. Um dos detalhes mais interessantes é a aplicação de veludo vinho nas esquadrias metálicas das janelas. Tal truque eliminou a frieza e o caráter industrial da peça.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Maria di Pace
O escritório decorado por Maria di Pace tem poucas e boas peças. A amplitude do espaço foi valorizada em detrimento da abundância de móveis. “Eu não havia visto o projeto antes de ontem. Quando o visitei tentei ligar, mas não consegui. Queria dizer a ela que estou realmente orgulhoso", exalta Ugo di Pace. "Porque não tem nada a ver comigo e porque a composição é de uma extraordinária qualidade. Tem a cara dela. Ela criou um ambiente com uma elegância e simplicidade que eu vi poucas vezes na vida. E não digo isso por ela ser minha filha, eu acho que os pais não devem agradar demais os filhos. Eu fiquei realmente surpreso”.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Marina Linhares
Este dormitório alongado é repleto de cores discretas que bem combinadas geram um espaço aconchegante. A arquiteta Marina Linhares optou por construir um conjunto coeso, em vez de dar destaque a algumas peças. Um dos itens com o design mais bonito é o sofá branco. Suas linhas retas levam modernidade ao ambiente.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Olegário de Sá e Gil Cioni
Embora haja muita arte no espaço de Olegário de Sá, destaca-se a instalação de cadeiras que o arquiteto fez vir do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Na paleta de cores constam tons quentes para compor o décor.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Osvaldo Tenório
A proporção incomum é o principal elemento do projeto de Osvaldo Tenório. Embora não pareça, o ambiente por ele decorado é um banheiro. A proposta é justamente esta: intrigar o visitante, propondo um modo novo de pensar este ambiente.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Roberto Migotto
O espaço de Migotto é dividido, pois há ali duas alturas de pé-direito. Na parte de altura reduzida o arquiteto usou espelhos sobre a paede maior, para gerar amplitude. “O cinza que ele usou remete ao urbano chique", segundo Karina Afonso. "Ele conseguiu harmonizar muito bem os tons das paredes e do piso. E o galuchat foi muito bem aplicado na caixa que o Migotto criou. A utilização dos brises é um trunfo, pois eles decoram e dão dinamismo ao ambiente. E dentre as peças, gostei das mesas laterais da Erea, que mesclam latão e laca brilhante rosa bebê”.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Suite Arquitetos
Embora existam outras cores na composição do ambiente, o azul é predominante. Ele está na cortina, no tapete, nos bancos do bar e nas fotografias da parede. “O móvel logo na entrada é bem marcante, feito com mármore esculpido. É o mesmo mármore do piso", explicam as meninas do Triplex. "Isso é interessante, a entrada bem marcada por um belo móvel desenhado por eles. A cortina também é bonita, ela deixa ver ainda a vista, mas garante alguma privacidade. Eles misturaram materiais bastante diferentes, como cimento e mármore. Não é algo fácil de fazer, mas quando a medição é acertada fica incrível. É o que aconteceu aqui”.
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  (Foto: divulgação)
Triplex
As arquitetas do Triplex conseguiram criar uma decoração composta por inúmeros ambientes que se completam, ainda que permaneçam independentes. “O espaço das meninas da Triplex traz jovialidade e inovação à mostra", afirma Filipe Troncon, do Suite Arquitetos. "Elas desenharam uma estante espetacular com um ótimo jogo de luz. Outra peça que adoramos foi a mesa petrificada. Mas um elemento que realmente surpreendeu foi o uso de chanfros de madeira para camuflar a janela. Esse era um dos grandes desafios do espaço: transformar a caixilharia deste edifício comercial em algo acolhedor e aconchegante”.
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  (Foto: Gabriel Arantes)
Ugo di Pace
Ugo di Pace criou um diferente escritório de arquiteto. A palavra chave é: único. “Eu me inspiro muito no meu pai, no seu conceito de trabalho", conta Maria di Pace. "Eu acho que o que ele tem de melhor é o garimpo de peças únicas, cheias de história, e o modo como ele as compõe. Ele tem um estilo muito pessoal, lapidado com os anos de trabalho. Seus ambientes não são meramente decorados, eles passam informações. Cada peça vem de um lugar diferente ou foi ele mesmo quem montou”.

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sexta-feira, 24 de maio de 2013

O cubo branco de Paolo Rizzo

Muito design no vazio da cobertura


  (Foto: Giorgio Possenti)
Engana-se quem pensa que tamanho é documento, e que isso determina viver bem e ser feliz em um espaço. Prova disso é esta belíssima cobertura de 90 m² no centro de Milão. Morador e autor do projeto, o arquiteto italiano Paolo Rizzo eliminou qualquer interferência arquitetônica, criando uma planta arejada, banhada pela luz natural, baseada em um white cube, onde tudo, inclusive o piso resinado, realça toda e qualquer peça colocada em seu interior à maneira de uma galeria de arte.

  apartamento fica num tipo de palazzo que os milaneses chamam casa di ringhiera, construção verticalizada multifamiliar, típica dos séculos 18 e 19 dessa cidade. Por estar no topo do prédio, Rizzo ainda tem um terraço de 12 m² (12 x 1 m) em toda a extensão da casa.
Sua paixão pelo colecionismo de design corre no sangue. O primeiro objeto pelo qual se enamorou foi a luminária Arco, dos irmãos Achille e Pier Giacomo Castiglioni, um clássico da Flos, de 1962. “Era da casa de meus pais, na Sicília. Quando me mudei para cá, trouxe-a comigo”, conta o arquiteto, nascido em Taormina.
Ao mobiliar os espaços, ele se decidiu por peças dos ícones do bom desenho. Possui um exemplar de 1968 da daybed Barcelona, de Mies van der Rohe: “É atemporal”. Para acompanhar a escrivaninha do escritório, escolheu a Slab Chair, de Tom Dixon, com sua forma quase africana: “Curto sua estranheza”. Sobre a poltrona Corallo, dos brasileiros Fernando e Humberto Campana, diz: “É a natureza dentro de casa”. E a última aquisição? “É a poltrona 4801, do grande Joe Colombo, criada entre 1963 e 1964 com madeira, hoje feita de plástico pela Kartell.
 
  (Foto: Giorgio Possenti)

  (Foto: Giorgio Possenti)

  (Foto: Giorgio Possenti)

  (Foto: Giorgio Possenti)

  (Foto: Giorgio Possenti)

  (Foto: Giorgio Possenti)

  (Foto: Giorgio Possenti)

  (Foto: Giorgio Possenti)

  (Foto: Giorgio Possenti)

  (Foto: Giorgio Possenti)
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