quinta-feira, 21 de março de 2013

Depósito convertido em loft – Esé Studio



O arquiteto norte-americano Aaron Ritenour e o designer de interiores grego Sotiris Mallas, do Esé Studio, assinam o projeto do loft Faliro, em Atenas, Grécia. O projeto teve como inspiração inicial os primeiros lofts, feitos nos galpões abandonados em extintas áreas industriais – a maioria com paredes de tijolo crú e vigas de madeira expostas. Os pioneiros nesse tipo de conversão foram artistas que buscavam grandes espaços livres a baixo custo para seus estúdios, conciliando também janelas altas para a entrada de luz e amplos espaços sem divisórias, deixando bastante espaço para obras de grande escala.

O espaço era anteriormente uma área de armazenagem da loja Patiris, que fica logo abaixo. “Nosso cliente queria um espaço para abrigar junto de seu showroom de revestimentos e materiais de construção, dois espaços de escritório e um apartamento para moradia”, revelam os autores. Uma solução eficiente para conciliar todo esse programa no mesmo edifício foi a separação das entradas, sendo um acesso ao escritório (fechado com um vidro fosco e caixa de aço), outro por elevador e outro por escada.

A mesa de jantar é usada durante o dia como mesa de reunião (e a cozinha como café), à noite essas áreas voltam a se tornar espaço privado como sala de jantar e cozinha. O quarto fica na parte sudoeste do edifício, separado por uma série de colunas de concreto e divisórias.

“Antes o lugar estava cheio de azulejos, sanitários e banheiras, e a área do quarto principal era escritório de contabilidade. Tinha tetos baixos com estuque branco, nós descascamos um pouco mais fundo e encontramos nosso maior golpe de sorte: havia concreto no teto, o que se tornou um dos elementos-chave do espaço”, atestam os autores.

Exceto o teto, a maioria das coisas tinha de ser nova. Nada mais razoável do que incorporar ao projeto os produtos do próprio showroom. Em colaboração com o proprietário, Nikos Patiris, grande parte do loft foi coberta com os materiais que ele importa da Itália para vender em sua loja. Entre os destaques estão os blocos tridimensionais e vazados de cerâmica (conhecidos no Brasil como cobogós), que foram usados na sala como divisórias e também para filtrar a luz. Outro modelo deste mesmo elemento foi usado para fazer a pérgula na área externa.

Para o revestimento de piso foram usados ladrilhos hidráulicos com desenho 3D, no banheiro, tábuas de madeira, na sala, e ladrilhos cerâmicos de grandes tamanhos no restante do espaço. Os autores ressaltaram as qualidades destes últimos: podem ter milhares de cores e texturas diferentes, além de apresentarem baixo custo de manutenção.

Para iluminação, tanto no quarto quanto na sala foram usados spots fixos em trilhos, com luz LED. Uma solução econômica que se adequou muito bem à atmosfera do loft, que mistura uma estética despojada com peças de decoração luxuosas, algumas das quais assinadas pela designer italiana Patricia Urquiola.

Embora o espaço conserve uma aparência industrial, principalmente pelo concreto aparente, há também um toque de influência oriental que ajuda a suavizar a decoração: foram instaladas na parede telas de madeira deslizantes, tipicamente japonesas, conhecidas como shoji. Esse elemento vazado em forma de grid também ajuda a filtrar a luz.

Por fim, vale destacar uma iniciativa bastante interessante: o projeto incorporou uma série de jardins portáteis e de parede, adaptados em sacos feitos sob medida. Além de flexibilizar o uso dos espaços e economizar área, a iniciativa permite aos moradores cultivar seus próprios vegetais e ervas com este sistema super simples.
 
 talk.arkpad.com.br/arquitetura/deposito-convertido-em-loft-ese-studio

terça-feira, 19 de março de 2013



Aos 71, Toyo Ito leva o Pritzker 2013

O arquiteto é o sexto japonês a ser premiado

  (Foto: divulgação)
O arquiteto japonês Toyo Ito foi laureado com o prêmio Pritzker 2013 por sua produção dita “atemporal”. Conhecido como o “Nobel da arquitetura”, o prêmio criado em 1979 por Jay A. Pritzker e sua esposa, Cindy, visa homenagear os autores das obras arquitetônicas mais significativas como conjunto. A cada ano um profissional é eleito – ele ganha uma medalha de bronze e 100 mil dólares. Desta vez o pós-modernista asiático se une ao panteão de semideuses criadores de edificações, sendo o sexto arquiteto japonês a receber tal honraria. Antes dele receberam o Pritzker, Kenzo Tange, em 1987, Fumihiko Maki, em 1993, Tadao Ando, em 1995, e Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, em 2010.
O adjetivo “inovador” é comumente empregado para descrever as criações de Ito. Muitas vezes tal classificação se deve ao uso novo que o arquiteto dá a materiais tradicionais. Um exemplo disso é o projeto VivoCity, em Singapura, onde o concreto desenha leves formas orgânicas. No entanto, em outros momentos a inovação de Ito é verdadeiramente tecnológica, como é possível ver no Domo, em Odate, ou na Torre dos Ventos, em Yokohama. A diversidade da produção é uma das características mais fortes do arquiteto. Toyo Ito diz não almejar ter uma marca formal nítida. Segundo ele, cada projeto é único e individual – nascido do seu programa e das condições do terreno.
“Embora o Sr. Ito tenha erguido um grande número de edifícios em sua carreira, a meu ver, ele esteve o tempo todo dedicado a um só projeto – alargar os limites da arquitetura. Para atingir a meta, ele não hesita em desapegar-se das suas conquistas passadas”, resume o jurado Yung Ho Chang. Além de dirigir desde 1972 o escritório Toyo Ito & Associates, Architects, que congrega arquitetos que querem trabalhar e continuar a aprender, Ito se dedica ao ensino universitário de arquitetura, ajudando a nova geração a rumar por bons caminhos. Um dos traços que define este grande arquiteto de 71 anos de idade, e 40 de profissão, é a intensa e infalível noção de responsabilidade social.
  (Foto: divulgação)
Dentre seus projetos públicos, um deles se destaca: o “Home-for-All” (“Lar para todos”, em português), no qual trabalhou com outros arquitetos locais. Trata-se de uma série de pequenos espaços comunais construídos para abrigar as vítimas do terremoto e do tsunami que assolaram o Japão em 2011. Para Ito, as dependências disponíveis para amparar os sobreviventes eram inadequadas, pela ausência de privacidade e devido ao seu tamanho reduzido. “Esse tipo de projeto evoca as origens da arquitetura, exigindo criações mínimas. Um arquiteto é alguém que pode fazer tais espaços serem mais humanos, providos de um pouco mais de beleza e de conforto”, explica.
Além de participar e ser foco de diversas publicações, Toyo Ito é constante tema de exposições pelo mundo. Reconhecido e celebrado, ao longo dos anos, Ito foi agraciado com diversos prêmios, entre eles a Royal Gold Medal, em 2006, concedida pelo Instituto Real Britânico de Arquitetura, e o Praemieum Imperiale, em 2010, entregue pela Associação de Arte Japonesa. Sobre o futuro, Ito comentou: “Quando termino um edifício, me torno dolorosamente ciente de seus defeitos. E dessa consciência brota a energia de fazer melhor no próximo desafio. Provavelmente esse processo continuará se repetindo, assim, eu nunca me fixarei a um modelo arquitetônico e nunca estarei plenamente satisfeito com meus trabalhos”.
  (Foto: divulgação)

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  (Foto: divulgação)
/Arquitetura/noticias/2013/03/aos-71-toyo-ito-leva-pritzker-2013
 

Sopros de design no mundo das bicicletas

Starck cria 'bike-patinete'; peça alemã pesa só 5 kg

  (Foto: reprodução)
Com cadeiras, luminárias, escovas de dente, hotéis e aviões no currículo, é difícil achar um produto ou projeto que Philippe Starck não tenha desenhado. E a lista segue crescendo. Uma coisa que o francês nunca havia feito era uma bicicleta. Era. Em fevereiro, Starck apresentou o protótipo de uma bicicleta-patinete elaborado em parceria com a Peugeot.
A princípio, os fãs do multicriador não devem se empolgar – a bike não será vendida em lugar algum. Starck a desenvolveu exclusivamente para um projeto de renovação do parque ciclístico da cidade de Bordeaux, na França. O novo modelo será oferecido à Maison du Vélo ("casa da bicicleta" em português), uma estrutura de aluguel anual que existe lá desde 2003.
  (Foto: reprodução)
A peça recebeu o nome de Pibal, que, em francês, significa algo como “pequena enguia”. Isso porque, com a estrutura de patinete, o condutor pode driblar o fluxo do trânsito da mesma maneira que faz o animal marinho. A plataforma rebaixada permite que o ciclista dê impulso com um pé diretamente no chão, guiando-se com facilidade em congestionamentos. O nome não é a única característica excêntrica da bicicleta. Ela recebeu rodas amarelas para chamar a atenção de eventuais motoristas imprudentes. O material predominante é alumínio para deixá-la mais leve.
  (Foto: reprodução)
 

 

Mas, no quesito baixo peso, não há quem supere a BlackBraid, modelo da PG, fabricante alemã de bicicletas e carros, apresentado no fim do ano passado. Ela tem surpreendentes 5 kg distribuídos por sua estrutura, elaborada a partir de tubos ocos de fibra de carbono trançada. Daí o nome da bicicleta: BlackBraid significa trança negra.

Além de deixar o produto mais leve, durável e resistente, a tecnologia chama a atenção esteticamente. Observando de perto, é possível ver as tais tranças em cinza e preto, com detalhes em vermelho. O modelo está disponível numa versão para longas distâncias, de 14 marchas, e outra urbana, sem marchas. Tudo pela bagatela de US$ 20 mil.
 www.casavogue.globo.com/Design/noticias/2013/03/sopro-do-design-no-mundo-das-bicicletas
 
 


Milão convoca para o Salão do Móvel 2013

Evento reforça vocação da cidade para arte e design

  (Foto: Artur de Andrade)
É oficialmente dada a largada para a 52ª edição do Salão Internacional do Móvel de Milão, a ser realizado nos pavilhões de Rho entre 9 e 14 de abril na capital da Lombardia, na Itália, sob o tema Milão: Interiores de Amanhã. Para anunciar seu novo presidente, as diretrizes da maior feira de design do mundo e a participação especial do arquiteto francês Jean Nouvel, a Cosmit, empresa à frente do evento, convidou 98 jornalistas do mundo todo, além da imprensa local, para uma press conference que aconteceu no dia 7 de fevereiro em um novo e emblemático lugar da cidade.
  (Foto: divulgação)
Claudio Luti, número um da marca italiana de móveis Kartell, assume a presidência da Cosmit, sucedendo a Carlo Guglielmi num momento de crise econômica acirrada na Itália e de necessidade absoluta de uma guinada. Como uma espécie de bandeira, inovação é o mote da próxima edição da feira, segundo Luti. “Para uma presença marcante no evento, as empresas italianas investiram toda a energia possível. Posso garantir que ‘inovar’ é a palavra principal. Temos nada menos do que 330 países a conquistar”, observa. Homem vindo da moda, apaixonado por barcos e esqui, Luti trabalhou por dez anos ao lado de Gianni Versace, na época áurea da grife, nos anos 1980. É natural, portanto, que considere a vocação de Milão para capital da moda e da arte, além do seu já instituído título de “capital do design”, como trunfo para obter sucesso de público e vendas.
“Em Milão, unir arte, design e moda é completamente natural – aliás, espera-se isso quando se vem à cidade. Tenho certeza do talento local para essa comunhão, e queremos cada vez mais reforçar essa sinergia”, afirma Luti. Foi anunciado, por exemplo, que todos os museus de Milão, em colaboração com a Cosmit, irão oferecer entrada gratuita a quem estiver na cidade no período do Salão do Móvel. E não são poucas as instituições: Museo del Novecento, Museo del Castello Sforzesco, Museo del Palazzo Morando e Museo di Historia Naturale, só para citar alguns.
  (Foto: Artur de Andrade)
O cenário em que foi realizada a coletiva de imprensa despertou a atenção dos participantes: o novo prédio do banco Unicredit, na novíssima área chamada de Varesine, ao norte de Milão, região que abrange a estação Porta Garibaldi do metrô e o badalado corso Como, com suas lojas de moda e design. Três anos atrás, o distrito era um canteiro de obras. O edifício de 231 m de altura e 27 andares, o mais alto de Milão, é obra do arquiteto César Pelli. Uma olhadela para o jardim conceitual do prédio, bem como para o entorno, revela o surgimento de uma cidade típica do século 21, com ares contemporâneos. Prédios modernos, com utilidade comercial ou residencial, foram erguidos onde antes existiam galpões desativados e hoje convivem com palazzi históricos – construções que dominam toda a Milão. Há ali um quê de Berlim, cidade reconstruída no pós-guerra.
  (Foto: divulgação)
Jean Nouvel: um nome, uma missão
Além do Salão do Móvel, a Cosmit apresenta em 2013 o evento bienal Euroluce, em sua 27ª edição, o Salone Satellite, na 16ª edição, e o Salone Ufficio, também na 16ª edição, somando 2.650 expositores. É também no Salone Ufficio que se concentram grandes esforços para reverter uma situação crítica: a acentuada queda nas vendas dos móveis de escritório. Para o intento, a Cosmit convidou o arquiteto francês Jean Nouvel a montar na feira uma instalação de 1.200 m². Nouvel, laureado com o prêmio Pritzker em 2008 e autor do Instituto do Mundo Árabe, em Paris, e do novo Louvre, em Abu Dhabi, entre outras construções célebres, interpretará o tema Project: Office for Living. “Ele recebeu carta branca para fazer o que quisesse. Seu trabalho será inspirador e nos dará uma visão do escritório do amanhã”, afirma Claudio Luti. Especula-se que os honorários de Nouvel por esse projeto giraram em torno de € 1 milhão.
Para o arquiteto francês, “o mundo não merece mais um prédio inteiro de escritórios, e ninguém pode ser feliz trabalhando num lugar assim”. Nouvel quer, literalmente, tirar a escrivaninha do lugar. “Precisamos propor o fim da segregação. Na Grande Paris, por exemplo, a multidisciplinaridade vem dando o tom aos escritórios em prédios mistos, nos quais escritórios viram residências. O office de amanhã precisa levar em conta as diferentes funções, as soluções diversificadas, a mobilidade e a iluminação para cada situação, e, sobretudo, incentivar a criatividade”, diz.
Nouvel critica não apenas o escritório clássico, todo dividido, setorizado, mas também o open-space – para ele, impessoal. “Proponho um pouco de desordem, em que a expressão individual resolverá a questão da intimidade no trabalho. Isso envolve uma nova colonização do espaço. Sugiro, portanto, uma contradição: a alegria de ‘viver’ no escritório.”
  (Foto: divulgação)
Mestres do design exaltam Milão
Além de Jean Nouvel, a apresentação à imprensa contou com outras presenças especiais: Antonio Citterio, Piero Lissoni e Patricia Urquiola, arquitetos e designers do primeiro time de Milão, verdadeiras âncoras do Salão do Móvel, com produção profícua para diferentes empresas e design cultuado no mundo todo.
Por que estar em Milão durante a feira? A pergunta, feita aos mestres, recebeu respostas entre esperançosas e bem-humoradas. “Estamos em um momento de passagem. Não se vem à cidade só pelo produto, mas por tudo o que está em torno dele”, diz Citterio. Patricia Urquiola evoca a celebração: “É o meu Ano-Novo. Com tanto trabalho, é o belo momento de apresentar o resultado final”. Já Lissoni faz o comentário mais jocoso: “Vir ou não a Milão? É como comparar sexo virtual com sexo real. A diferença é colossal”.

 www.casavogue.globo.com/Design/noticias/2013/03/milao-convoca-com-o salao-do -movel-2013

Décor do dia: fusão de estilos

Sala une com graça peças europeias e tropicais

  (Foto: Jomar Bragança)
O projeto do apartamento em Salvador, BA, assinado pelos arquitetos Ana Paula e Thiago Manarelli tinha como objetivo priorizar a convivência da família que ali mora. Por isso, a amplitude da sala de estar aqui retratada. O que mais se destaca no ambiente, porém, é uma outra espécie de interação, pujante e recorrente: a fusão de diversos estilos na mesma decoração. Há um claro diálogo entre os móveis de inspiração italiana, como a mesa de centro e a poltrona à direita e ao fundo, e elementos de cunho tropical, a exemplo das plantas nativas e dos objetos nas prateleiras. O encontro de duas características distintas é harmonizado pelo painel de maeira da parede esquerda, e pela predominância de tons neutros no restante da decoração da sala, imprimindo um equilíbrio de delicadeza e personalidade.


Décor do dia: como se fosse na praia

Sala carioca reproduz clima de passeio na orla

  (Foto: MCA Estúdio)
O desejo dos donos deste apartamento, no coração de Ipanema, era trazer o clima da praia para dentro de casa. Com isso em mente, o projeto da arquiteta Bia Seiler priorizou ambientes amplos e de decoração moderna, com apenas algumas peças de estilo mais marcante. Na sala de estar, reina o branco. Nos móveis, nas paredes, em quadros, nas cortinas... sua onipresença evoca a serenidade característica de um bom passeio pla orla. Mas, da mesma forma que uma entrada no mar ou uma caminhada na areia podem trazer elementos inesperados, há algumas pitadas de estética mais forte, como a luminária e as almofadas pretas. É por meio de elementos como a mesa de centro, a porta de madeira e a luminária multicolorida, com seus tons intermediários, que se imprime um equilíbrio certeiro.

Décor do dia: centro de cultura da casa

Corredor largo vira home theater em São Paulo

  (Foto: João Ribeiro) Já fazia cinco anos que os proprietários moravam no apartamento no bairro do Panamby, em São Paulo, quando sentiram a necessidade de criar um espaço íntimo para a família assistir a filmes e acessar a internet. Graças a uma reforma tocada pelas arquitetas Luciana Godoy e Alesandra Benotti, o home theater foi criado a partir da incorporação da área de um amplo corredor a uma das suítes, resultando em um agradável espaço familiar. Peças de design garantem charme ao ambiente, como a poltrona Beg, design Sergio Rodrigues, na Dpot, diante da escrivaninha da Artefacto (onde também foram compradas as banquetas à dir.) e o móvel Zanon, uma espécie de estante com painel de madeira que aquece o espaço, juntamente ao tapete da By Kamy.

Décor do dia: tons sóbrios na mata

Sala de jantar destoa (para o bem) do resto da casa

  (Foto: Rogério Maranhão)
De um modo geral, a mansão projetada pela arquiteta Inês Amorim, em Maceió, prima pela leveza de materiais e móveis, em completa harmonia com o entorno da construção, uma reserva de Mata Atlântica. A exceção é a sala de jantar, que se aproveita do fato de ser muito bem-iluminada para abusar dos tons escuros e revestimentos mais fortes. É o caso principalmente da parede preta, ornada com o aparador da mesma cor e o painel de madeira, ambos de Evviva Bertolini. O pendente Lumina traz ar contemporâneo ao conjunto de mesa e cadeiras da Ponto e Linha, elegantemente disposto sobre o piso de porcelanato da Portobello. 

Décor do dia: apenas pano de fundo

Tons terrosos põem a arte em destaque

  (Foto: Romulo Fialdini)
Nada sobrou do apartamento original, como foi entregue pela construtora, a não ser a distribuição interna dos cômodos. Os acabamentos – todos eles! – foram substituídos, dando lugar a mármores, molduras de gesso e marcenaria impecável. Tudo isso fruto da prancheta de Allan Malouf. Para compor com a base clássica, foram escolhidos móveis de design assinado. Ocres, cinzas, caramelos e crus formam a paleta de cores empregadas na decoração. Tanta sobriedade cromática se justifica através da paixão de um dos moradores: a coleção de obras de arte contemporâneas, representada aqui pela tela da parede ao fundo.

Décor do dia: harmonia neutra

Móveis milaneses e cores suaves marcam living

  (Foto: Alain Brugier)
Os donos deste amplo apartamento, em São Paulo, um casal e seus filhos, queriam espaços amplos que fossem, ao mesmo tempo, integrados e distintos. Para tal, contaram com a ajuda do arquiteto Roberto Migotto. Com o objetivo de dar à área social um toque luxuoso e aconchegante, revestiu-se as paredes com painéis de papel de parede Wallpaper. Os móveis foram trazidos de Milão, entre eles, a mesa lateral de madeira e mármore, garimpada em um antiquário. Desenhada pelo profissional, a marcenaria foi executada pela MAJ-Moreno. Os tons da sala, cujo neutralidade puxa ora para o branco, ora para o verde, harmonizam-se perfeitamente com as flores que ornam o ambiente em diferentes pontos e têm a mesma variação de cores, criando a impressão de um espaço não só agradável, mas também natural.

 www.casavogue.globo.com/Interiores/noticias/2013/03/decor-do-dia

 

segunda-feira, 18 de março de 2013

9 lavabos decorados com criatividade

Inovação sem limites em espaços reduzidos

O lavabo é um ambiente que, em muitas casas, ganha bastante atenção no décor. Por se tratar de um cômodo quase à parte, com personalidade própria, ali, tudo é permitido. Nestes pequenos espaços, decoradores, arquitetos e moradores ousam e brincam com cores, texturas e padronagens diversas. A Casa Vogue selecionou nove ótimos projetos para você se inspirar. Do lavabo rústico ao clássico, passando pelo contemporâneo, há de tudo na listagem. Confira!
  (Foto: divulgação)
Surpresa visual
Se o lavabo é um ambiente em que se pode ousar, este projeto é a perfeita tradução dessa ideia. A impactante mistura do vermelho e do preto foi explorada para criar um espaço surpreendente. Todas as paredes e o piso do ambiente foram revestidos com pastilhas de vidro da italiana Bisazza, na padronagem Key Red, assinada pelo arquiteto Carlo Dal Bianco. A bancada da pia abriga a cuba Acquagrande, de Giulio Cappellini e Roberto Palomba para a Ceramica Flaminia – lançada em 1997 na feira Abitare il Tempo, a peça tornou-se um ícone na época devido ao seu rigor geométrico. O lustre de cristal Vladimiro, do estúdio Lolli & Memmoli, e o pufe da Fenizia Design Studio completam o espaço.
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  (Foto: divulgação)
Luxo em cinza
A arquitetura limpa e de linhas retas, aliada à escolha criteriosa dos materiais, resultou no visual sofisticado e acolhedor do lavabo de um apartamento no condomínio Cidade Jardim, em São Paulo. Concebido pelo designer de interiores Marco Aurélio Viterbo, o ambiente de 4,50 m² tem paredes revestidas com seda da Safira Sedas, na cor cinza com nuances em prata. A tonalidade faz contraponto ao off-white da pedra Caesarstone, da Marmobello, usada na bancada da pia e no piso. O dourado das molduras do espelho e da gravura, ambos da Orbi Brasil, é destacado pela iluminação embutida na sanca e da luminária Cubetto, na Wall Lamps. Sobre a bancada, bandeja e perfumeiro da Baccarat.
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  (Foto: divulgação)
Impacto pixel a pixel
Para este projeto, os moradores haviam feito um pedido inusitado ao designer de interiores Leornardo Di Caprio. Queriam que o revestimento usado no lavabo pudesse ser reaproveitado em um endereço futuro, já que o jovem casal mora provisoriamente no apartamento próximo ao Parque Ibirapuera, em São Paulo. A ideia do designer foi criar um ambiente impactante e inovador, forrando seus 2,30 m² com um revestimento que desse uma aparência pixelada e de relevo. Comum trabalho manual semelhante ao da marchetaria, foram encaixados, um a um, 5.500 cubos de MDF laqueados ou revestidos com folha natural de imbuia, que percorrem paredes e teto. Batizado de Osbloco, o sistema será vendido em caixas, na A Lot Of, a partir de 2013.
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  (Foto: divulgação)
Cor e descontração
O morador do apartamento, em Ipanema, no Rio de Janeiro, queria um lavabo alegre. No espaço de 2,80 m², a arquiteta Andrea Chicharo criou uma base branca com tinta acrílica nas paredes para que recebessem a pintura artística criada por Gabriela Índio da Costa, equilibrando-se, assim, a rusticidade do piso de peroba e da madeira de demolição que forma a bancada da pia. Como o ambiente é estreito, a bancada baixa com cuba da Vallvé é uma solução que não “aperta” a entrada do lavabo. Um rasgo no forro embute a iluminação da Lumini e cria um efeito flutuante no teto.
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  (Foto: divulgação)
Caixa de ébano
Na reforma do apartamento, em Curitiba, o arquiteto Guilherme Torres adicionou preciosos 20 cm à largura do espaço com menos de 3 m². A alvenaria foi substituída por uma estrutura de MDF revestida com ébano-de-macassar. A cor escura se contrapõe ao mármore travertino do piso e ao Corian branco do lavatório em forma de totem, feito pelo Studio Vitty. Uma arandela com lâmpada incandescente e duas minidicroicas dão um efeito tênue ao ambiente decorado com espelho da Conceito: Firma Casa e banqueta de metal da Sandra Fuganti Interiores.
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  (Foto: divulgação)
Tradução do contemporâneo
A casa fica em Sitges, a 35 km de Barcelona. O décor é assinado pela arquiteta espanhola Marina Martí Gean, atenta a detalhes como o papel de parede aplicado em uma das paredes deste lavabo. A padronagem gráfica é refletida pelo conjunto de espelhos redondos com molduras de ferro da italiana Moco, instalados na parede acima da bancada. De madeira teca pintada de cinza, a peça que apoia a cuba da catalã Sistema 3 parece flutuar no ambiente – sensação reforçada pelo vaso sanitário suspenso. O contraponto a tanta contemporaneidade fica por conta do piso de cerâmica de 40 x 40 cm.
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  (Foto: divulgação)
Um quê antigo
A casa na praia da Baleia, litoral norte de São Paulo, é de clientes de longa data da In House Designers de Interiores. Com liberdade para projetar o lavabo, a designer Andréa Bugarib criou um painel de ladrilhos hidráulicos da Fábrica de Mosaicos, aplicado sobre a parede pintada na cor framboesa. A atmosfera retrô do revestimento permitiu o uso de uma bancada de junco sintético da Entreposto para sustentar a cuba da Deca. Acima desta peça, o espelho quadrado da Star Home garante a simetria do ambiente de 3 m². Objetos da L’oeil e porta-sabonete da Star Home.
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  (Foto: divulgação)
Ideia de modernidade
Os proprietários deixaram Clarissa Strauss à vontade para projetar o lavabo do apartamento no bairro paulistano do Ibirapuera. A arquiteta temperou o ambiente com elementos bem atuais. A atmosfera moderna é obtida com a pintura especial semelhante ao concreto, executada pelo Atelier de Pinturas Adriana e Carlota, e a cuba de resina de poliéster instalada sobre a bancada de cristal acidato, ambas da Vallvé. O cumaru chocolate do piso é o mesmo que reveste o living, conectando esses ambientes. O espelho lateral extragrande com madeira folheada a prata envelhecida, na L’oeil, e a luminária de piso, na Lumini, são itens de forte apelo visual.
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  (Foto: divulgação)
Biblioteca informal
Se uma palavra que define bem o carioca é “descontração”, o lavabo deste apartamento no Leblon resume esse conceito. Leitores incansáveis, os moradores têm tantos livros que o arquiteto Maurício Nóbrega propôs o inusitado: colocar alguns exemplares no lavabo, em uma estante convencional, ao estilo de uma biblioteca. Nesta peça, executada pela marcenaria Sob Medida, fica apoiada a prancha de peroba usada como bancada da pia. Um espelho colocado em um recuo na alvenaria amplia o ambiente de 4 m², que tem piso revestido de cerâmica Brennand. No décor, itens dos moradores e da loja Lalla Bortolini.
www.casavogue.globo.com/Interiores/noticias/2013/01/lavabos-com-criatividades

 

Quartos para todos os gostos

Renomados decoradores integram a mostra Q&E


Ambientação de Christina Hamoui (Foto: Evelyn Muller)
A Q&E Quartos inaugurou neste mês sua tradicional mostra, na qual apresenta a nova coleção em projetos ambientados por arquitetos e decoradores convidados. São 16 espaços projetados por 23 profissionais, dentre eles, Christina Hamoui, Debora Aguiar, Marina Linhares e Carolina Hirt. Confira nas fotos desta página os destaques do evento.
Mostra Q&E Quartos
Local: Q&E Quartos
Endereço: al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.742, São Paulo
Data: até fevereiro de 2014
Projeto de Débora Aguiar (Foto: Evelyn Muller)

Decoração de Carolina Hirt (Foto: Evelyn Muller)

Quarto por Cintia Aguiar (Foto: Evelyn Muller)

Idealização de Marina Linhares (Foto: Evelyn Muller)

Ambientação de Fernando Bergamasco (Foto: Evelyn Muller)

Projeto Brasil Arquitetura, por Maria Paula e Maria Cláudia Brasil (Foto: Evelyn Muller)

Decoração de Luciano Dalla Marta (Foto: Evelyn Muller)

Quarto por Alessandra Braggion (Foto: Evelyn Muller)

Idealização de Bruna Ximenes e André Leite (Foto: Evelyn Muller)
  www.casavogue.globo.com/Interiores/noticias/2013/03/quartos-para-todos-os gostos