terça-feira, 19 de março de 2013



Aos 71, Toyo Ito leva o Pritzker 2013

O arquiteto é o sexto japonês a ser premiado

  (Foto: divulgação)
O arquiteto japonês Toyo Ito foi laureado com o prêmio Pritzker 2013 por sua produção dita “atemporal”. Conhecido como o “Nobel da arquitetura”, o prêmio criado em 1979 por Jay A. Pritzker e sua esposa, Cindy, visa homenagear os autores das obras arquitetônicas mais significativas como conjunto. A cada ano um profissional é eleito – ele ganha uma medalha de bronze e 100 mil dólares. Desta vez o pós-modernista asiático se une ao panteão de semideuses criadores de edificações, sendo o sexto arquiteto japonês a receber tal honraria. Antes dele receberam o Pritzker, Kenzo Tange, em 1987, Fumihiko Maki, em 1993, Tadao Ando, em 1995, e Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa, em 2010.
O adjetivo “inovador” é comumente empregado para descrever as criações de Ito. Muitas vezes tal classificação se deve ao uso novo que o arquiteto dá a materiais tradicionais. Um exemplo disso é o projeto VivoCity, em Singapura, onde o concreto desenha leves formas orgânicas. No entanto, em outros momentos a inovação de Ito é verdadeiramente tecnológica, como é possível ver no Domo, em Odate, ou na Torre dos Ventos, em Yokohama. A diversidade da produção é uma das características mais fortes do arquiteto. Toyo Ito diz não almejar ter uma marca formal nítida. Segundo ele, cada projeto é único e individual – nascido do seu programa e das condições do terreno.
“Embora o Sr. Ito tenha erguido um grande número de edifícios em sua carreira, a meu ver, ele esteve o tempo todo dedicado a um só projeto – alargar os limites da arquitetura. Para atingir a meta, ele não hesita em desapegar-se das suas conquistas passadas”, resume o jurado Yung Ho Chang. Além de dirigir desde 1972 o escritório Toyo Ito & Associates, Architects, que congrega arquitetos que querem trabalhar e continuar a aprender, Ito se dedica ao ensino universitário de arquitetura, ajudando a nova geração a rumar por bons caminhos. Um dos traços que define este grande arquiteto de 71 anos de idade, e 40 de profissão, é a intensa e infalível noção de responsabilidade social.
  (Foto: divulgação)
Dentre seus projetos públicos, um deles se destaca: o “Home-for-All” (“Lar para todos”, em português), no qual trabalhou com outros arquitetos locais. Trata-se de uma série de pequenos espaços comunais construídos para abrigar as vítimas do terremoto e do tsunami que assolaram o Japão em 2011. Para Ito, as dependências disponíveis para amparar os sobreviventes eram inadequadas, pela ausência de privacidade e devido ao seu tamanho reduzido. “Esse tipo de projeto evoca as origens da arquitetura, exigindo criações mínimas. Um arquiteto é alguém que pode fazer tais espaços serem mais humanos, providos de um pouco mais de beleza e de conforto”, explica.
Além de participar e ser foco de diversas publicações, Toyo Ito é constante tema de exposições pelo mundo. Reconhecido e celebrado, ao longo dos anos, Ito foi agraciado com diversos prêmios, entre eles a Royal Gold Medal, em 2006, concedida pelo Instituto Real Britânico de Arquitetura, e o Praemieum Imperiale, em 2010, entregue pela Associação de Arte Japonesa. Sobre o futuro, Ito comentou: “Quando termino um edifício, me torno dolorosamente ciente de seus defeitos. E dessa consciência brota a energia de fazer melhor no próximo desafio. Provavelmente esse processo continuará se repetindo, assim, eu nunca me fixarei a um modelo arquitetônico e nunca estarei plenamente satisfeito com meus trabalhos”.
  (Foto: divulgação)

  (Foto: divulgação)

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