domingo, 6 de novembro de 2011

Maurizio Cattelan no Guggenheim

Maurizio Cattelan definitivamente não é um artista como os que estamos acostumados a ver. Dizem que todos eles são loucos (ou, pelo menos, fazem o gênero). Mas Cattelan não. Sua estranheza vem do desprendimento e da irreverência. Ele é uma espécie de poeta moderno, alguém que transformou as imagens mais importantes de nosso tempo em brincadeira irônica. Sua formação, aliás, não foi nada clássica. Nascido em Pádua, na Itália, o artista é filho de um caminhoneiro com uma faxineira, nunca freqüentou uma escola de arte e seguiu este caminho porque viu nele a única saída para não ter a obrigação de encarar um emprego comum.
O sarcasmo, por sinal, é uma marca registrada do trabalho de Cattelan. Ainda assim, não há nada de sarcástico nos US$ 8 milhões de dólares pelos quais uma de suas esculturas foi vendida recentemente. Suas obras são provocadoras, instigam a curiosidade e a inteligência do espectador. As instalações revelam contradições do nosso dia-a-dia e as referências variam da cultura pop à períodos históricos, sem nunca perderem o bom humor.
No entanto, para os fãs da arte contemporânea, a notícia é ruim: já cansado de produzir suas obras - sempre elogiadíssimas pela crítica - o artista divulgou que pretende despedir-se da carreira. E, como o negócio de Catellan é sempre chocar e inovar, nada melhor que uma retrospectiva diferente de qualquer uma que você já viu por aí. A partir de 4 de novembro mais de 130 esculturas, vindas de lugares tão distantes como Taiwan e Mônaco, estarão expostas no Guggenheim, em Nova York, para homenagear sua carreira.


     











Fonte:http:\\noo.com.br\Por Duda B. Padilha

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