domingo, 30 de dezembro de 2012

Hotel gigante, luxo minimalista

The Opposite House tem até uma galeria de arte



  (Foto: Michael Weber)
O hotel chinês The Opposite House, em Pequim, traz um novo conceito aos empreendimentos de estada transitória da região, a estética do “luxo minimalista”. Instalado no centro do novo complexo The Village, no bairro Sanlitun, o hotel tem ao seu redor um shopping e os setores gastronômico e de entretenimento – tudo pertencente à rede Swire Hotels e projetado pelo renomado arquiteto japonês Kengo Kuma.
Com mais de 14 mil m², o hotel tem uma arquitetura moderna, com amplos ambientes interconectados. O nome é derivado da tradução de uma palavra chinesa que designa a casa tradicionalmente construída em oposição à residência principal, onde os visitantes eram instalados.
Diferentemente do padrão, o hotel tem um número reduzido de quartos – 98 ao todo. Eles são chamados de studios, pois em média abrangem 70 m². Acima da área comum, empilham-se, formando seis pavimentos de moradas. No térreo e nos subsolos, encontramos uma galeria de arte, onde dez artistas locais expõem suas obras, a academia, com uma piscina de aço inoxidável de 22 m de comprimento, cinco restaurantes e a casa noturna Punk. Os materiais usados no projeto são incomuns no ramo da hotelaria, como o arenito turco nas paredes e os pisos feitos de carvalho-americano. Talvez as escolhas do arquiteto resultem da sua falta de experiência com este tipo de empreendimento. De qualquer modo, o novo deu certo.
Desde a recepção, a arquitetura é marcadamente diferente: não há um balcão, mas um móvel acrílico de 6,1 m de altura com 6 mil pequenas gavetas, próximo do qual os funcionários do hotel se reúnem, prontos para o atendimento – não há horários de check-in e check-out. Adjacente a esta área, encontram-se o bar e um pequeno estar, ambos abundantemente iluminados. O átrio recebe uma cortina metálica que se curva no vazio, acima do térreo. Esta intervenção artística faz menção à tradição chinesa de produção de malhas. Por todo o hotel, há referências culturais chinesas.
As habitações são grandes espaços abertos, onde o carvalho se destaca com simplicidade, não apenas no piso, mas também na banheira, na pia e no mobiliário. No banheiro, a textura das paredes de ardósia adiciona o item sensorial à decoração. Enquanto algumas unidades maiores possuem um terraço que vislumbra o crescimento do Embassy District, nas coberturas, o arquiteto trabalhou com níveis, através de plataformas amadeiradas que geram uma distribuição inovadora dos ambientes. Algumas cortesias nos apartamentos são uma máquina Nespresso, televisores LCD, minibar repleto e wireless – tudo incluso no preço básico da estada.
O exterior é composto por uma grelha metálica, cujas aberturas recebem placas de vidro com laminação verde. O modelo fez sucesso e foi copiado por todo o bairro. Imerso na vegetação local, como os bambus, o prédio tem como conceito o urban forest ("floresta urbana" em português). O mesmo pensamento está presente no resto do complexo The Village. Para os mais ecológicos, cabe ressaltar que o hotel foi quase completamente construído com materiais reutilizados, e, nas normas do lugar, está listada uma série de políticas em prol da reciclagem e da conservação ambiental.
  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

   (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber)

  (Foto: Michael Weber) 
 www.casavogue.com.br/Lazer-cultura/noticia/2012/11/hotel-gigante-luxo-minimalista

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